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​FERTILIZAÇÃO IN VITRO

A Fertilização in Vitro (FIV) é um tratamento de reprodução humana assistida que consiste em realizar a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial, formando embriões que serão cultivados, selecionados e transferidos para o útero. É um procedimento indicado principalmente para mulheres que apresentam alterações ginecológicas que interferem na ovulação ou no deslocamento dos óvulos pelas trompas, e quando há problemas relacionados à produção do esperma. Apesar de sua complexidade, o é um procedimento rápido e seguro

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Principais indicações da Fertilização in Vitro

 

O procedimento é indicado nos seguintes casos:

  • Ausência ou bloqueio das trompas;

  • Idade avançada da mulher;

  • Distúrbios na ovulação;

  • Endometriose;

  • Falência ovariana;

  • Infertilidade sem causa aparente;

  • Baixa contagem de espermatozoides;

  • Para casais homoafetivos que desejam
    ter filhos biológicos;

  • Quando os tratamentos de baixa complexidade não foram efetivos.

Quais são as chances de engravidar com a FIV?

 

As chances de a fertilização in vitro são de 20% a 50% relacionadas com a idade da mulher, número de óvulos coletados, reserva ovariana e causas que levaram à infertilidade.

Porém, apesar da receptividade do endométrio da mulher e da qualidade do embrião produzido serem fatores importantes, a idade da paciente é determinante para o sucesso do processo de fertilização.

Por esse motivo, o procedimento é indicado também para os casos de idade avançada.

Como é feito o procedimento?

 

O passo a passo da Fertilização in Vitro segue as seguintes etapas:

1.   Estimulação ovariana

A estimulação dos ovários é o primeiro procedimento realizado na FIV. O processo é feito por meio de medicamentos injetáveis que aumentam as doses do hormônio folículo estimulante (FSH) no organismo da mulher. Dessa forma, é possível recrutar um número maior e potencializar a capacidade fértil da mulher.

 

Os medicamentos são administrados por meio de injeções subcutâneas ou por via oral. A dosagem ideal para cada caso é determinada pelo especialista em reprodução humana, considerando a idade, peso e número de folículos ovarianos da paciente.

O crescimento dos folículos é acompanhado por meio de ultrassons seriados. Quando o folículo atinge um tamanho adequado, é administrado um medicamento à base do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) para amadurecer os óvulos e induzir a ovulação.

Existem diversos protocolos de estímulo ovariano que variam conforme a causa de infertilidade tratada com a FIV. O especialista em reprodução humana escolherá aquele que oferecer a melhor taxa de sucesso para o casal em tratamento. O tempo de duração da estimulação ovariana varia de 9 a 12 dias, em média.

2.   Captação dos óvulos

O objetivo desse procedimento é obter os óvulos existentes dentro dos folículos dos ovários após a fase de estimulação. É preferencialmente agendado entre 34 e 36 horas após a injeção do hormônio HCG.

A captação dos óvulos é realizada com a paciente em sedação endovenosa sendo que também são administrados remédios para aliviar a dor. Como dito anteriormente, o procedimento é feito por meio de punção ovariana com uma agulha guiada por ultrassom transvaginal.

O líquido proveniente dos folículos é coletado em diversos tubos de ensaio que aguardam o conteúdo em banho-maria. Em seguida, o material é entregue para a equipe de embriologistas para análise.

É possível coletar uma quantidade significativa de óvulos em um período aproximado de 30 minutos. Na sequência, os óvulos são colocados em um líquido nutritivo (chamado de meio de cultura) e mantidos em estufa até o momento ideal para realizar a Fertilização in Vitro.

3.   Cultura de blastocistos

Após a fertilização do óvulo pelo espermatozoide, o embrião gerado divide-se rapidamente e aumenta seu número de células. Com essa expansão na quantidade de células, o embrião fica mais compactado e agrupa cada vez mais células.

 

Exemplificando: depois de três dias da fertilização, um embrião com bom desenvolvimento contém 8 células. No quarto dia, esse mesmo embrião pode chegar a ter 32 células. Quando isso acontece, o embrião atinge o estágio de mórula — quando é formada uma cavidade contendo um líquido proveniente do útero. No quinto dia, o embrião encontra-se em estágio de blastocisto, fase no qual podem ser biopsiados para análise genética caso esta seja conduta proposta para o casal.

O atingimento da fase de blastocisto é fundamental, pois os embriões que estão nesse estágio possuem maior potencial de implantação no útero e, consequentemente, oferecem maiores taxas de sucesso. Isso possibilita a seleção natural dos melhores embriões e a transferência de uma quantidade menor, reduzindo o risco de uma gravidez múltipla.

4.   Transferência de embriões

A transferência embrionária ocorre com a utilização de um tubo fino e flexível (cateter) dentro do útero por meio do orifício externo do colo uterino. Uma seringa com um ou mais embriões em suspensão no fluido estará ligada à extremidade do cateter para que o fluido seja empurrado para dentro do útero através do tubo.

Na maioria das vezes, a transferência embrionária não necessita de anestesia. Isso porque o desconforto causado pelo procedimento é similar ao do exame de Papanicolau. A paciente também não precisa estar em jejum, apenas com a bexiga cheia para a realização do ultrassom.

O procedimento acontece dentro de 3 a 5 dias após a fertilização dos gametas. É aconselhável que a paciente fique em repouso relativo por 2 dias. O uso dos medicamentos indicados pelo médico para suporte da gravidez deve ser mantido. O exame de gravidez é feito dentro de 9 a 12 dias após a transferência dos embriões.

Quais são as possíveis complicações da FIV?

 

Existem alguns riscos ligados à Fertilização in Vitro que devem ser considerados pelas pacientes antes de iniciar o tratamento. As complicações mais comuns são:


Síndrome da Hiperestimulação Ovariana


A síndrome pode acontecer devido aos altos níveis hormonais produzidos pelos folículos em crescimento após a coleta de óvulos, quando há abundância de óvulos coletados, ou em pacientes com maior sensibilidade a elevação dos níveis hormonais. Entretanto, isso ocorre em apenas 2% dos casos. Os principais sintomas da condição são:

  • Dor abdominal leve;

  • Inchaço;

  • Náuseas;

  • Vômitos.


Os sinais costumam durar uma semana, no entanto, quando a mulher engravida, os sintomas da síndrome podem se prolongar, pois a gestação mantém os níveis de HCG elevados. O desenvolvimento de um quadro grave da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana é raro, entretanto, é essencial comunicar o ginecologista tão logo perceba os sintomas. É importante enfatizar que os riscos de hiperestimulo podem ser minimizados com protocolos específicos de estímulo ovariano e congelamento de embrião para transferência em cenário posterior.


Gestações múltiplas


A Fertilização in Vitro aumenta o risco de gestações múltiplas (gêmeos, trigêmeos e até mais crianças) por conta da potencialização dos óvulos produzidos durante o ciclo menstrual. Contudo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu algumas regras para determinar a quantidade limite de embriões que podem ser transferidos, reduzindo, assim, as chances de uma gravidez múltipla. São elas:

  • Dois embriões por tentativa para as pacientes com até 37 anos;

  • Três embriões por tentativa para as pacientes com mais de 37 anos;

  • Em caso de embriões euploides ao diagnóstico genético, até dois embriões, independentemente da idade.


A Fertilização in Vitro (FIV) é o procedimento que tem proporcionado para muitos homens e mulheres a chance de realizar o grande sonho de construir uma família.

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Entre em contato conosco, estamos a sua disposição

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